O restaurante não é grande coisa e as doses são enormes. Levo para bordo o suficiente para um almoço, mas como não tenho fogão não sei se vou conseguir comer os restos. Amanhã verei, hoje tenho demasiado sono para sequer saber o significado de amanhã, restos e fogão.
Adenda: também não tenho talheres. Vai ser uma refeição indiana à maneira.
Adenda: também não tenho talheres. Vai ser uma refeição indiana à maneira.
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De manhã fui a Cala d'Or para o trabalho das duas próximas semanas e à tarde a Sa Calobra com a P., amiga da D. G. e o filho, doze anos. Num dia vi os dois lados da ilha, o plano e o outro. Em Sa Calobra comeram qualquer coisa, eu uma dose de melancia de que uma vespa apreciou o cheiro. O miúdo ficou paralisado de medo, a mãe levantou-se para lhe levar a pizza aonde ele se refugiou, foi um drama. Estamos a criar uma geração de totós, ainda mais totós do que os pais. (Espero que a minha filha leia isto.)
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Esta ilha podia ser a minha.
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Tanto no lado da planície como no da Tramuntana as casas - de cor da paisagem, não contrastantes como no Alentejo - parece terem saído da terra. São casas orgânicas, por assim dizer. Isto dito, continuo a preferir o fascínio da serra. Não me canso daquela paisagem, daquela luz, do mar visto de cima, entre os ramos das árvores, perspectiva desassossegadora s'il en est.
A Tramuntana vai juntar-se a Bequia e à península de Burton na lista dos sítios onde quero morrer (e viver antes de tão funesta tragédia ocorrer).
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Entro no último ciclo da minha vida e pergunto-me quantas vidas conterá. Poucas, espero. Não quero viver de injecções e comprimidos. (Mas quero que o meu neto Leonardo me conheça, raio de contradição esta.)
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Hoje o P. deu-me uma má notícia, pela voz da sua proprietária e armadora. O Outro teve sorte: a Sua Via Crucis foi rápida.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.