De Port de Pollença a Palma são cinquenta e oito quilómetros, dizem-me uma placa rodoviária à saida da vila e o google maps. Desses, acabo de percorrer vinte e oito na minha Órbita, em pouco mais de duas horas. Os meus amigos que faze Lisboa Lagos ida e volta duas vezes por dia rir-se-ão e bradarão aos céus; pois que riam e que bradem. Eu estou tão orgulhoso como cansado. A cousa começou sem querer, como sempre: apanhar o autocarro na paragem seguinte. Saí do percurso do autocarro e a paragem seguinte foi substituída pela aldeia seguinte, até que Inca se impôs como destino. Os últimos três quilómetros foram difíceis, ó se foram. Mas enfim, já estão diluídos na caneca que bebi antes de me aperceber sequer que tinha cerveja dentro. Agora ebo uma caña e acabo o trajecto de comboio.
A viagem é bonita: Tramuntana à direita, planície à esquerda, estradas boas e bem sinalizadas, zero razias e só uma buzinadela, já em Inca (o senhor devia sofrer dos nervos, coitado. Mas mesmo assim esperou para me ultrapassar à larga).
Um dia gostava de ir ao Algarve de burra. Cinquenta quilómetros por dia no máximo, paragens frequentes, muita cerveja e pouco vento (excepto se for nortada). Uma bicicleta leve.
Amanhã.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.