A cliente decidiu que hoje não saíamos, eu agradeci e meti-me no autocarro para Palma. Fui ao Ivo buscar a bicicleta que lá tinha deixado a correr na segunda-feira. Algumas horas mais tarde estava no bar Rita a "jantar" (aspas porque ainda não me habituei a chamar jantar a uma quantidade de comida que deixaria um periquito cheio de fome). O Juan Carlos apareceu e passámos o tempo à conversa. Ofereceu-me um quarto para quando precisasse.
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A Lua está em crescente. Eu também. É bom saber-me bem acompanhado.
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O eixo Passeig des Born / Rambla foi repavimentado. Para Lisboa, aquilo estava em óptimas condições. A câmara municipal de Palma não tem, visível e justificadamente, a mesma opinião. Pergunto-me se não se poderia enviar os autarcas de Lisboa fazer estágios aqui. Poderiam tentar começar como varredores de rua, vulgo almeidas. Com um bocadinho de sorte talvez fossem aceites.
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Mais uma viagem de autocarro. A mascarada é obrigatória. Sinto-me um puto: mostro a máscara na mão quando entro e o chauffeur aponta imediatamente para o nariz dele (toda a gente está tansformada numa espécie de Lucky Luke das máscaras. Apontam mais depressa do que a sombra. Aqui e em todo o lado). Depois vou sentar-me ao fundo, arrumo o trapo e pronto: a minha viagem à adolescência está feita.
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Faltam dezassete dias para o meu neto Leonardo chegar a Palma com os pais. Pergunto-me quando começarei a contar os segundos.
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Chegarei a Pollença à hora a que a cliente me diz cada dia que quer sair. Até hoje, nunca saímos a essa hora. Espero que hoje aconteça o mesmo.
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PS - A saída foi marcada para as quatro da tarde. A sorte é uma droga muito potente.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.