Jantar com P. no restaurante U Culombo. Pazes feitas com a gastronomia francesa: uma araignée sublime, ultra mal-passada e um colonel que a esta hora deve ter sido promovido a general, de tão grande e bom. A forretice manifesta-se e eu dou-lhe uma volta, se bem hoje um pouco maior do que o habitual: o que eu queria mesmo era um copo de vinho. Optei pelo colonel pelas razões simples e criticáveis de que a) era mais caro e b) P. escolheu por mim a bebida inicial (cerveja) em vez de me perguntar o que eu queria (pastis). Ficou-lhe ligeiramente mais caro, mas um gajo que colecciona casas e tem cavalos pode bem com a diferença. Amanhã é o ultimo dia. Quarta-feira saio daquk às seis e meia da manhã, para Bastia.
A viagem é estúpida: vou passar três horas no aeroporto de Genebra porque a diferença de preço para lá passar uma noite era demasiado grande.
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A falta de visão está a tornar-se chata. Preciso mesmo de ir ao Porto tratar disto. Mas agora põe-se-me o aniversário pela frente. Nunca liguei nenhuma ao dia de anos, verdade seja dita. Este só é importante por causa das circunstâncias. E porque sessenta e cinco é uma idade bonita, vá. É quando um gajo começa a ter descontos nos comboios. (Pena não acontecer o mesmo nos aviões.)
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A viagem de Loto para aqui é uma maravilha. Ao contrário de Mallorca, as costas não estão construídas. Macinaggio é minúscula (hoje pareceu-me que a marina - ou, mais correctamente, o porto de recreio - é maior do que a aldeia) mas fica-se com vontade de cá passar mais tempo. Desvaneceu-se a má impressão que tinha da Córsega, provocada pelo incidente de há quarenta anos, pela violência política e por pensar que do sitio onde Napoleão nasceu não se pode esperar nada de bom. A verdade é que as pessoas são simpáticas e hospitaleiras.
(O vinho ainda não me convenceu, mas isso é outra história.)
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Mais três dias de castigo no Facebook por ter escrito num comentário que os portugueses são um povo de cobardolas e merdosos. Transcrevi para um post, não usei a palavra portugueses e desse lado não levei sanções. Não há censuras inteligentes, mas há-as mais estúpidas do que as outras todas juntas.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.