Ando à volta da vida, que queres? Um grande círculo cujo raio só conhecerás quando for para o seguinte e eu nunca conhecerei porque não terei tempo para o medir quando acabar de o percorrer. O centro desse círculo é a vida e eu ando à volta dela como um cavalo à guia.
À guia da vida, dirias com o teu sorriso trocista, um sorriso que tinha mais de compreensão do que todos os tratados de psicologia, antropologia, sociologia jamais escritos.
À guia do amor, responder-te-ia eu, sorrindo também. Sorriso diferente, eu sei. O meu seria de dúvida, de inquietação. Se o visses, claro.
Não é a vida que dá voltas. Ela está parada, não se mexe. Os cavalinhos do carrossel somos nós, sujeitos porém a forças centrípetas, centrífugas, descontroladas, incontroláveis. Carrossel de cavalos bêbedos (de vida, a tal que nos controla).
A que nos guia.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.