Querido, coça-me os três pontinhos, por favor. Mas um de cada vez, não vá o diabo tecê-las. Usa a língua, os dedos, a ponta do nariz, como quiseres. Mas a outra ponta guarda-la para o fim, está bem? Essa quero-a a fazer mais do que coçá-los por fora. Quero-a cá dentro, bem fundo, a tocá-los do interior, a tocar-me na alma, a multiplicá-los por milhões de pontos espalhados por toda eu, por dentro e por fora, por cima e por baixo, pelo meio e pelos lados.
Faz dos três pontinhos uma tempestade dessas de que tanto gosto, todos os dias, todas as noites, redemoinho de mim, turbilhão de ti, poeira de pós a voar entre quatro mãos, quatro olhos, três pontos e uma ponta, duas mentes e duas peles.
Há melhor espaço do que este? Se sim, não sei qual é.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.