Breve escala no Porto. Nada a fazer, esta cidade enfeitiçou-me. Está agora onde Lisboa estava há uns anos. Infelizmente o resultado será o mesmo: em breve teremos de ziguezaguear para encontrar restos do que era e evitar os foodie-gourmet-trendy-vegan-modern-style. Mas ainda não está assim e a transformação da cidade cinzenta e chuvosa que conheci para esta cheia de sol, de risos, de gente e de alegria é fulminante. Nos dois sentidos: foi rápida e deixa-nos fulminados.
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Bebi um copo com o D. no Pipa Velha, o meu café-bar-restaurante-petiscaria-tudo favorito desta zona. Não está sempre a abarrotar como o Aduela, não tem aquele aspecto dep-chicos-parigot do Candelabro e ainda menos a pedantice da champagnerie (não me lembro do nome). Dos outros não falo porque não conheço. Há um bar de vinhos onde fui uma vez e gostei bastante mas hoje estava com o Pipa Velha fisgado e ali fiquei.
Depois voltei para "casa", com uma brevíssima paragem para bancas no Tarantino. Conheci o dono, um "ex-comando". "Ex? Não sou ex-comando. Ainda o sou." Contas rápidas de cabeça levam-me a crer que o senhor tem mais quatro ou cinco anos do que eu. Gosto de pessoas assim: são o que foram porque o que foram é o que são.
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Como esta minha "casa" aqui: o hotel San Marino. Cada vez que cá venho vislumbro o sentido da palavra hospitalidade e como ela se relaciona com hotel, simpatia e profissionalismo. Se não me engano as "autoridades" (aspas porque é ironia) atribuem-lhe duas estrelas. Eu atribuo vinte, pelo menos vinte.
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Hoje é a minha vez de entrar no sono com o garbo de um porta-aviões e as fintas de um destroyer numa luta anti-submarina.
Amanhã veremos a eficácia desta frota sui generis.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.