Percebo, finalmente, porque gosto tanto de lavar a loiça: vejo o progresso da acção. Começa-se por ordenar a loiça suja, lava-se, passa-se por água, põe-se a escorrer o que é para escorrer, seca-se e arruma-se o que é para secar e arrumar. Deita-se uma vista de olhos à cozinha (fica sempre qualquer coisa para trás) e hey, presto, acabou. A acção teve um princípio, um meio e um fim. Pode passar-se a outra coisa.
Isto é a antítese do que se passa quando se lida com a burocracia portuguesa: é um rio com mais meandros do que um rio africano e com a mesma abordagem ao desaguamento no oceano: há tempo.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.