Nunca liguei a "dias". Dia disto, daquilo, Natal, Páscoa, aniversários... até do meu aniversário cheguei a esquecer-me. O Facebook veio mudar isso tudo. Impossível esquecer-me do meu aniversário ou de que hoje é dia do Pai. Não há quem não poste fotografias do "melhor pai do mundo" ou do "paizão" ou do "pai dos meus [dela] filhos".
Não acredito muito em nada disso. O dia do meu Pai é todos os dias que penso nele e ele já cá não está, são muitos, todos, vai quase para vinte anos. Dia da Mãe ainda são todos, faz menos tempo que foi ter com o tempo e com o marido. Soube recentemente da existência de um dia dos irmãos. E um para os filhos, há? Pouco importa. Todos os dias são dias de alguém que me é querido e em quem penso, todos os dias.
Isto porque fez há dez dias cinco anos que comecei a trabalhar para o meu P. Uma viagem que era suposta durar uma semana transformou-se numa vida. Esqueci-me de celebrar esse aniversário, mas posso dizer - e digo - venham mais cinco. Obrigado, M., armadora - cliente - amiga com quem partilho os altos e os baixos do trabalho por me aturar estes anos todos, por me ter deixado fazer as asneiras todas que fiz e - sobretudo - por me ter deixado fazer bem tudo o que fiz bem, que foi muito mais do que o que fiz mal. Se em tudo o que faço sempre pus tudo o que sou, no P. tenho tudo o que fui, sou e serei.
Cinco anos, P. Venham mais cinco. És teimoso e para teimoso, teimoso e meio. És lindo e mais lindo ficarás ainda. Dás-me água pela barba, mas eu sacudi-la-ei, não te preocupes. Ainda temos muitos dias pela proa, muitas chatices e muitas alegrias. Alcandoraste-te, por mérito teu e da M., ao difícil lugar de embarcação da minha vida e dele não sairás, nunca.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.