6.5.23

Diário de Bordos - Palma, Mallorca, Baleares, Espanha, 06-05-2023

Está a chegar aquela altura do ano em que Palma-a-Calma deixa de o ser. Por enquanto, ainda só nos fins-de-semana. Em breve será todos os dias. Hoje o dia começou tarde, almocei tarde e para a noite queria só uma coisa leve e rápida. A solução óbvia é o 7 Machos, mas aquilo estava insuportável. Os putos e as miúdas (aqui está um exemplo de palavra que muda de sentido consoante o género) decidiram celebrar as despedidas da vida de solteiro em grandes expedições colectivas e punitivas, barulhentas e ridículas e o 7 Machos é um dos alvos favoritos. Acontece que tenho cada vez menos paciência... ia dizer para grandes grupos, barulho e confusão, mas creio que não preciso de compartimentar a falta de paciência. É abrangente. É para tudo. Acabei por vir ao Xolotl, porque fica perto e quero ir para bordo dormir e se possível sonhar.

É uma merda. Poderia elaborar, mas um restaurante mexicano que nem nachos sabe fazer não merece o tempo que leva a dizer mal dele. (Ao meu lado dois maricas elogiam a comida. Um deles reparou na Kaweco com que comecei a escrever este post e fez-lhe um elogio igualmente rasgado. Há gostos de todas as formas e feitios. A Kaweco é bonita, sim.)

De modo hoje vai ser beliche tempranito. Amanhã é outro dia. O avanço destas quase duas semanas foi mortalmente lento, a promessa de ontem não se concretizou (mas isto sendo o Mediterrâneo a porta não está fechada, está como estava ontem, entreaberta), quinta-feira vou a Lisboa por causa da exposição de fotografia (e não só, mas isso fica para depois), o Ricardo vai poder avançar no interior esses três dias e eu vou poder pensar no meu interior: de quanto tempo precisarei para o remendar?

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.