27.6.23

Diário de Bordos - Lisboa, 27-06-2023

Chego ao Marquês e hesito: Avenida da Liberdade e Restauradores, Rossio ou Braancamp e Rato? Aqui haveria outro dilema: Príncipe Real ou Estrela? Opto pela via do menor dilema e desço lentamente a Liberdade, pelo passeio para dar lugar aos automobilistas, que como de costume vão numa corrida furiosa contra o próximo semáforo. Acabo no Nicola a beber cafés e a comer pastéis de nata, assim mesmo no plural.

O R. é um filho da puta de um argentino, passe o pleonasmo (e a injustiça da generalização, que a mais das vezes é falsa mas que se lixe. Isto não é uma aula de antropologia e menos ainda de boas maneiras). A verdade é que o E. pegou no material e foi-se embora, podre de razão. Espero que recomece sexta, como combinado, que o outro sacana já deve ter terminado.

Neste refit apliquei tudo o que sabia e apercebi-me de tudo o que não. Gostaria muito que houvesse outro igual um dia destes, para ver se o que aprendi se nota na vastidão do que não sabia. Se o pequeno montinho que acrescentei ao que já sabia é visível. 

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O hospital de Cascais informa-me gentilmente que a próxima infiltração não poderá ser antes do dia vinte e três de Agosto. Até agora tenho resistido ao apelo do seguro privado, mas tudo me leva a pensar que António Costa vai ganhar a aposta e eu perdê-la. Menos um gajo a chatear no SNS. Costa quer privatizar a saúde usando o conhecida método do fode-fininho. Um dia o SNS não terá ninguém senão o lúmpen.

Nesse dia a saúde privada será ainda mais forte e ainda mais pujante do que está hoje. Infelizmente o SNS continuará uma merda porque a quantidade de proletas não pára de aumentar e os médicos terão fugido todos para "a privada".

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