O bar Goa é um bar "popular" na praça Progresso onde eu espero pela Rosa ou pelo Dimitriy da Rigging Point quando é preciso esperar por eles. É, muitas vezes. A esta hora (dez da manhã, hora da merenda matinal, o bar está cheio. O barulho é ensurdecedor: o jogo de dominó à frente de mim - a cada jogada tentam partir ou as peças ou a mesa, ainda não percebi; o cão microscópico que um senhor muito gordo leva ao colo e ladra estridentemente a uma criança que se vai embora com a mãe; a máquina caça-níqueis; os gritos das "conversas". Se alguém me disser que é o barulho da vida, eu responderei "que vá a vida à merda!"
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M. continua a assediar-me, agora com facturas cada vez mais delirantes. Liguei a um advogado. Não tenho tempo nem paciência para malucos. Mas esta história consome-me.
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Dois restaurantes, duas descobertas. Um é galego e fica para depois. O outro provei-o agora. Chama-se Gigi's Piccolo Ristorante e os gnocchi al gorgonzola que acabo de comer estavam uma simples maravilha. Tenho-o evitado até agora por causa da "cozinha feita com amor" etc., mas que estava bom estava. E barato, o que não é despiciendo. Mais um preconceito por terra. Enfim, mini-preconceito. O canto de Ossanha nem sempre se verifica. A comida pode ser feita "com amor" e ser boa.
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A BH Glasgow arrasta-se penosamente por estas ruas; e eu em cima dela, pedalando contra vontade, quase como se fosse ela a imprimir o ritmo.
Quase?
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A fim de ganhar forças para ir até bordo (um quilómetro exactamente) antes de me ir deitar paro muitas vezes na Cantina para um gelado, um chupito ou os dois. Hoje vai ser sorvete de limão com vodka, igualmente conhecido por colonel. Fica bem a um soldado raso - ou arrasado - terminar o dia com um coronel. Faz-me sentir promovido.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.