O restaurante era uma merda. A sua única coisinha boa era a empregada que nos atendeu inicialmente, que tinha tudo o que uma boa empregada deve ter e nos respectivos lugares.
P., porém, estava contente. Gostou do jantar e diz que pela primeira vez comigo teve uma palavra a dizer na escolha. É mentira mas não me importo muito: já o levei a sítios piores. O verdadeiro nó, para mim, foi o lugar ser grego e eu pensar que se estou na Alemanha devo comer comida alemã, pelo menos os dois primeiros dias. Ou as duas primeiras refeições, não sei.
Resultado: a tarama de bonito só tinha a cor, a moussaka de moussaka o nome, os ouzo (oferta da casa) e os vinhos eram decentes. E a empregada, claro. Em resumo: uma boa noite que me faz esperar ansiosamente pela chegada a Cascais, mesmo que isso implique uma perda financeira. De qualquer forma, faça eu o que fizer há sempre uma perda financeira à espera. Já não estranho nem desespero.
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O que vi de Cuxhaven foi o resultado dos trajectos de táxi. À primeira vista não parece uma cidade encantada e menos ainda encantadora. Aposto que à segunda (longe vá o agoiro) o parecerá ainda menos.
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Segunda travessia do canal de Kiel. Da primeira pouco lembro senão o imenso aborrecimento. Espero que desta fique mais qualquer coisa. O cheiro a bosta de vaca, por exemplo.
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Cada vez me parece mais que devia ganhar o totó milhões e uma injustiça discriminatória que seja preciso comprar um bilhete para ter uma probabilidade em duzentos e quarenta e nove mil milhões de isso acontecer.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.