E a chuva, perguntar-me-ão? Bem, muito bem, felizmente: não pára. Não é fórmula, é literal: a porra da chuva não há maneira de parar. Talvez exagere, eu sei (coisa raríssima em mim): ontem ao fim da tarde não choveu durante mais de uma hora e agora abrandou bastante. Pode ser que a acalmia dure uma hora ou duas. A largada está marcada para hoje ao meio-dia, mas não sei se vamos conseguir. Espero que sim.
Escrevo numa pequena padaria desta pequena cidade, embalado pela música do francês: a loja parece ser bastante popular, os clientes são como a chuva lá fora: não param e cada um deles troca umas palavras com a senhora padeira, que a todos responde com um sorriso de orelha a orelha (sorriso esse que não a impede de me dizer que se eu quero mais manteiga terei de pagar um suplemento à minha «fórmula pequeno-almoço», de passagem seja dito). Estou parado em Fécamp, um porto da Normandia, no norte de França. Já aqui estive várias vezes, mas só desta abandonei a zona da marina. A cidade é muito bonita, casas de aspecto nórdico - P. diz que poderia estar na Irlanda - e o centro não tem aquele ar plastificado do centro de Cuxhaven, por exemplo. Ou de Scheveningen. Ou seja: entro num mundo mais próximo do meu, aonde as coisas são para ser usadas e não só vistas.
(Cont. ?)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.