Nova árvore, nova paragem, mesmo tempo de merda. Um Verão a dormir sob dois sacos-cama, dois, nevoeiro e temperatura que até agora raramente passaram dos vinte e dois graus centígrados. Parece que amanhã isto vai mudar e a temperatura chegará aos vinte e sete. Isso sim! A acontecer será uma alteração climática digna de nota.
Mas o que vejo daqui - granito e nevoeiro - traz-me à mesa numa travessa esta Bretanha que tanto me seduz, apesar do tempo.
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(Continuação)
Aluguei uma bicicleta e fartei-me de pedalar por estas ruas que são bonitas quer haja sol, lua ou nevoeiro como hoje. Gosto do aspecto austero destas casas de granito com telhado de xisto (ou telhas pretas, não sei), casas que conheço por dentro e sei quão confortáveis podem ser no Inverno, quando as paredes já aqueceram e nos abraçam com o calor enquanto lemos na biblioteca, copo de vinho tinto ao lado e a boca ainda cheia do sabor da manteiga salgada a derreter-se no pão quente. Gosto destas correntes, destas marés desmesuradas (a amplitude hoje aqui é de nove metros), destas rochas que nos obrigam a ser marinheiros, a saber navegar sob pena de acabarem a servir-nos de espeto.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.