Estes gajos passam o dia com o nariz nos ecrãs dos aparelhos (dos quais, de resto, não percebem patavina, mas isso é outra história) porque não sabem ver o filme que os rodeia. Não sabem sequer que é um filme. Tem poucas personagens: o mar, o vento, as nuvens, o que se vê e não se vê, o que se ouve, o que se cheira. Porém, a história que conta é complexa: fala do que aconteceu, do que acontece e do que vai acontecer. É difícil destrinçar tudo isto: as personagens falam todas ao mesmo tempo, são obscuras. Eles não as ouvem: a sua relação com o exterior não passa pelos sentidos, mas sim pelos aparelhos electrónicos.
Hoje tenho o filme iluminado pela Lua, cheia há poucos dias. Mar chão - vamos a motor, como sempre desde a Suécia (salvo meia dúzia de horas antes de Klintholm).
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(Cont.?)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.