A poética do desenraizamento e a ubiquidade do seu oposto, o enraizamento. As raízes que me seguem para onde quer que eu vá e aí nascem e se enterram cruzam-se com as raízes que se recusam a sair de Lisboa, inegavelmente Lisboa. Como se tivesse dois jogos de raízes: as que andam comigo e as que não saem daqui, desta cidade que está para mim como a máquina de hemodiálise para um doente dos rins. Sofro de cosmopolitismo tendência alfacinha, uma espécie de desenraizamento coxo.
Mais uma história do cosmopolita enraizado.
(Cont.)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.