A minha versão favorita do banqueiro anarquista é o burgês marxista. No FB tenho meia dúzia deles - vêm da média ou alta burguesia e são mais esquerdistas do que eu sou feio. Gosto muito deles: desmentem aquela tese idiota do Marx segundo a qual o que pensamos é directamente influenciado pelo nossa situação na pirâmide social. Passei por isso quando partilhei um apartamento em Genebra com dois marxistas - um althusseriano e o outro ambientalista de esquerda, passe o pleonasmo. «Não percebo como alguém na tua situação [trabalhador clandestino] pode defender essas ideias», diziam-me.
A burguesia - da qual provenho e de que não sou grande fã, devo dizer - produziu o que de melhor e de pior há no nosso mundo. Viva ela. E viva o Marx, coitado, que não acertou uma.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.