O T. está bastante melhor mas ainda longe de estar bom, de maneira a véspera de Natal foi exactamente igual às outras vésperas todas. Fiz uma versão bastante tropicalizada de Coq au Vin que o jovem cavalheiro dispensou e fui para a cama. Gosto deste ritmo de deitar cedo e cedo erguer, acordar com esta vista magnífica, duche, pequeno-almoço, desesperar porque é feriado e há tanto que fazer.
Sou demasiado bicho-do-mato para ligar muito a estas celebrações colectivas e demasiado ateu para me interessar pelo nascimento de um senhor que nunca vi. Às vezes sinto a falta daquelas grandes reuniões de família, é verdade, nas quais me aborrecia de morte mas de que hoje vejo a utilidade. «Nada é simples e tudo se complica», como sempre. Basta viver os dias como eles se vão apresentando, traçar uma frágil linha entre o abulismo total e o voluntarismo (ou a sua ilusão), tentar navegar essa linha sem a romper - e escrever uma lista de tudo o que tenho para fazer, que no fundo, no fundo, bem espremido se reduz a duas coisas: logística - nova casa, novo carro, comunicações - e SD, SD, SD. Daqui por duas semanas o P. vai integrar a mistela e a «pequena intervenção cirúrgica» introduzirá um pouco de ritmo. Mas até lá é isto: logística e SD, SD e logística.
O olho direito está definitivamente a seguir o caminho do esquerdo. Daqui por uns meses lá terei de ir ao IMO outra vez. Vá lá que o tratamento é simples: uns tiros de laser e está feita a coisa.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.