14.1.24

Estrelas, estúpido

Temos Orion, logo por baixo Sirius, que é a alfa do Cão Maior, temos os Gémeos - Castor e Pollux - a Ursa Maior, com Canopus que um dia te pregou um susto ao largo das Filipinas, lembras-te? E Aldebaran, a Cassiopeia, a Ursa Menor mai-la Polar. Eram uma série delas, isto sem contar com os planetas: Marte, Júpiter, Vénus, Saturno, de que nunca viste os anéis por simples negligência. Mercúrio, tão difícil,  anda sempre perto do Sol. É este, o teu caminho nas estrelas, balizas involuntárias que antigamente se prestavam de bom grado a dizer-te por onde andavas. Hoje confias em satélites, mais fiáveis,  mais rápidos, sempre disponíveis e olhas para as estrelas sem saber bem porquê. Só porque são bonitas? Porque lhes aprecias a melancolia? Porque gostas da distância? As estrelas falam-te silenciosamente, acenam-te como se estivessem a ver-te, não podem - ao contrário de ti - mudar de rumo, alterar a rota. Talvez seja isso que nelas buscas, não?

Estou a falar das estrelas, estúpido. 

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