5.2.24

Diário de Bordos - Fort-de-France, Martinique, DOM-TOM França, 05-02-2024

Num acto de desespero ponho a roupa na máquina da lavandaria auto-serviço (à boa temperatura, R.) É a segunda vez que a levo à lavandaria-lavandaria e falta sempre qualquer coisa para encher o bac (uma caixa que define a quantidade de roupa que se pode pôr pelo preço de vinte euros (em Palma pago nove pela mesma coisa, espero que a minha bem-amada Erika não leia isto).

De maneira agora tenho uma hora de espera, mas pelo menos volto para bordo com roupa lavada e não no estado em que estava quando saí. Venho à padaria comer uma salada de fruta e beber um café. Já trabalhei para o P. - daquele barco jorram más notícias como sangue de uma artéria - para o S. D. (deste não jorram notícias nenhumas, não sei o que é pior) e agora trabalho para mim. É um ciclo, um círculo, uma espiral que não sai do mesmo plano, um labirinto que só parece simples porque olhamos para ele em duas dimensões e tem muitas.

Daqui vou à Galleria. Com a possível excepção de Bocas del Toro não há cidade nos trópicos por onde tenha vivido, passado ou andado aonde não esteja condenado a ir aos centros comerciais, coisa que na Europa posso não ver nem uma vez por ano. Critério interessante. (Em Bocas não havia centros comerciais.)

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À primeira vista poder-se-ia pensar que a lavandaria auto-serviço seria mais barata do que a outra. Nominalmente é: onze euros lavagem e secagem (a ser verificado. Talvez possa poupar uma secagem) contra vinte.

Porém, aos onze euros há que adicionar dois cafés (quatro), uma salada de frutas (quatro e meio) mai-lo tempo de espera, extremamente valioso como qualquer pessoa sabe. 

Além disso, como se não fosse suficiente: seria injusto dizer que a roupa sai no mesmo estado de sujidade em que entrou. Mas também não sai limpa limpa. Qualquer coisa intermédia, como o pilar da ponte do outro.

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(Cont.)

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