Quando olha para uma mulher, os olhos de Artur seguem um trajecto independente da sua vontade. É sempre o mesmo: mamas, olhos, pernas. A primeira vez que viu Helena, entre os olhos e as pernas olhou para o anelar da mão esquerda. Apercebeu-se imediatamente da anomalia, mas era tarde para a corrigir. O olhar é como as palavras. Não se pode desolhar aquilo que os olhos viram tal como não se pode desdizer aquilo que a boca pronunciou.
Não tinha aliança.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.