Sempre desconfiei de homens que vestem cor-de-rosa, mas ontem vi o superlativo: um tipo dos seus sessenta e muitos setenta e poucos de calções cor-de-rosa e faixa do chapéu da mesma cor.
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Ontem falhei desastrosamente a manobra de atracagem. (Enfim, desastrosamente é um exagero. Não houve estragos, excepto no meu ego.) Foi a primeira vez em anos. Penso que de vez em quando nós, marinheiros, temos um anjo da guarda com um martelo na mão e quando começa tudo a correr demasiado bem ele dá-nos uma martelada na cabeça, para não nos enganarmos nem esquecermos.
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Mais uma semana de charter, mais uma semana de desespero. O ano de dois mil e vinte e três ainda não acabou, por mais que eu lhe implore que se ponha a andar de uma vez por todas.
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Hoje ainda há um jogo dessa merda desse campeonato, diz-me a A. I. Tê-lo-ia deduzido: as ruas começam a encher-se de gente com bandeiras de Espanha aos ombros. Acho insuportável, lamentável e desgostante esta manifestação de gregarismo, que não é senão um termo chic para carneirismo. Percebo a necessidade de pertença, mas não que ela se manifeste através de um jogo de futebol.
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(Cont.)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.