Vou abandonar aquelas ideias tontas do "isto é que é vida", "saber viver é...", "a vida é assim."
Não sei o que é a vida e de viver só tenho uma noção muito empírica. Nada conceptual. Viver é aquilo que faço todos os dias, pela razão simples e irrefutável de que não quero deixar de o fazer (os: o que faço e viver). Ando por sítios bonitos, às vezes aborreço-me outras não, às vezes tenho dinheiro (quando chove), a carcaça ora reclama ora me leva de Cascais a Lisboa de bicicleta sem um ai. Nada disto me parece complicado porque a nada disto atribuo qualidades mágicas. É certo que gostaria de escrever mais e melhor, como fotografar, de resto. Há imensas coisas que gostaria de fazer e outras que adoraria não ter feito. Ou dito, sei lá.
Mas estão ditas ou feitas ou pensadas e contra isso não há filosofia que valha. É isto a vida? Não sei. É o que faço quotidianamente: misturo erros e acertos e as proporções por vezes saem certas, outras erradas.
Chamem-lhe o que quiserem.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.