O jantar foi uma merda. Sardinhas assadas no Beicinho, aonde já o ano passado com o P. D. tinha comido mal. Desta vez prometo e juro que nunca mais lá ponho os pés.
Felizmente o F. apreciou imenso. Antes assim.
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Regresso a bordo, deito-me imediatamente e reencontro aquela mistela de sono, frio e palavras. Ver se expulso estas depressa para dar lugar aos outros dois. Ou melhor: ao sono. O frio dispersa-se por baixo dos dois edredons.
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A fuga de água doce - vinha dos encanamentos do cilindro de água quente - piorou e hoje ficámos sem água nos tanques. Paciência. Vamos assim para Portimão. Esta porra desta viagem tem de ter um fim.
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A origem das dores de cabeça, hipersensibilidade cutânea e febrilidade difusa dos últimos dias está explicada: violentíssimo episódio de herpes labial. Cada vez que isto acontece tenho vontade de esganar a H. R., magnifica namorada por quem ainda hoje sinto amizade, ternura, carinho, afecto e saudades - tudo entrecortado por raiva ilimitada nos dias em que isto aparece. São cada vez menos mas a intensidade é cada vez maior.
Não precisavas disto, H., para eu não te esquecer. Estás em todas as minhas memórias, as do corpo e as da mente. Ainda há dias andei à tua procura na net. (Não, não foi para te esganar.)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.