A tentação é comparar um amor nascente ao nascer do Sol mas seria uma péssima analogia. Em primeiro lugar, porque ao Sol sabemos exactamente o que vai acontecer. Posso prever com exactidão aonde estará às treze horas, vinte minutos e dezassete segundos, de hoje ou de daqui a cem anos. Segundo, porque se a maioria - ou pelo menos uma grande parte - dos pores-do-sol são bonitos, isso raramente acontece com os pores-dos-amores.
Mais vale apreciar o amor nascente por aquilo que ele é: o lento e inseguro levantar de uma cortina sobre dois abismos separados dos quais nascerá uma montanha, se se juntarem.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.