Estou outra vez na condição de máquina de tomar comprimidos. Se ao menos servissem para qualquer coisa.
(Calimerice. Servem. Servirão. Só hoje comecei com as coisas sérias. Preciso de uns dias. Até lá, maldigo a carcaça, quando tenho energia para isso. É injusto: as dores não aparecem quando trabalho, aparecem depois, quando acabo o dia e penso no de amanhã. Pensaria, se pudesse.)
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«A noite pertence aos amantes». A letra é do Dylan, se não me engano. (Engano-me. É do Springsteen e da Patti Smith.) Um bocadinho redutor, não é? A noite pertence aos amantes, aos estetas, a quem passou o dia a trabalhar, a quem passou o dia a querer trabalhar... A noite pertence a quem a quer, a quem a ama, a quem vê nela o que de dia não se vê. «Encandeado pela luz», canta o mesmo Springsteen. Desencadeado pela noite, cantaria eu, se cantasse.
Hoje vou ao 7 Machos. A mistura de comprimidos e mezcal vai der cabo desta puta, chicuembo xa'nhaca (?). «Juro palavra de honra sinceramente vou morrer assim.»
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A dor e a fome não são compatíveis. Quem as mistura mente. Já a sede é outra conversa.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.