O primeiro livro de Nuno Júdice que li chama-se Nos braços da exígua luz. Dele ficou-me um poema ou dois - "Comecei a fugir para dentro. É cada vez mais difícil não fugir para dentro." - e, sobretudo, um imenso amor por este poeta, que se acentuou com a entrada na escola de cinema. São poemas que contam histórias, muitos poderiam servir de base para filmes.
Penso na contradição que "exígua luz" é, na beleza que reduzir a exiguidade uma coisa por natureza infinita e daí parto para outras aventuras. Como, por exemplo, separar a natureza da luz em dois: de um lado os fotões, do outro as ondas. Já foi assim, depois deixou de ser, mas isto não é uma aula de física e muito menos da sua história.
É simplesmente a evocação de uma noite em que me imaginei onda sem corpo associado, onda luminosa sem luz, sem comprimento de onda nem amplitude e me perguntei se seria exígua, essa onda, ou infinita, essa ausência de luz.
PS - Ou terá antes sido Crítica doméstica dos paralelipípedos?
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.