Comprei rum em St. Martin e em Gibraltar e aguardente no (e do) Pico.Chego ao aeroporto e a senhora do check in diz-me que não pode receber sacos com garrafas. «Podem partir-se», explica. Digo-lhe que viajo dezenas de vezes por ano com garrafas na bagagem de porão (é quase verdade). Diz-me que não. Se há uma coisa que aprendi é que não vale a pena discutir, nestas circunstâncias. Por alguma razão vim mais cedo para o aeroporto.
Subi, cheguei ao filtro de segurança, não me deixaram passar o saco - aonde tinha duas das garrafas. As outras estavam no saco que a gaja do check in deixou passar porque não sabia que tinha rum (Flor de Caña) e aguardente. Disse aos seguranças que ia pôr aquele saco no porão, deixaram-me sair, voltei ao check in mas a um diferente. A senhora - esta sim, uma senhora - limitou-se a perguntar se as garrafas estavam bem embaladas. Disse-lhe que sim, apesar de não estar absolutamente seguro. O saco seguiu.
O próximo episódio vai ser em Lisboa. Vamos a ver quantas garrafas chegam inteiras.
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Reservei duas noites um hotel em Lisboa. É para isso que trabalho: para poder ter a vida que quero sem chatear ninguém. (Chateio muitas vezes, infelizmente, quando não tenho alternativa. Quando tenho, não só não chateio mas também ajudo quem precisa. A vida é uma nora e eu sou o burra que a faz girar.)
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Interminável espera no aeroporto de Madrid. É dos que menos gosto, de todos os que conheço. Porém, estou demasiado cansado para me dar ao trabalho de o detestar. Limito-me a encontrar um canto aonde esperar e fazer isso mesmo - esperar. Algo me diz que esta noite vai ser boa.
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