Deixem-me começar pelo fim, não vá eu adormecer na burra e só acordar amanhã, no Volta Dos, meio estremunhado e não me lembrar de nada.
z) Melhor vermute de sempre, para sempre: Luis XIV, no Jaume. Abençoado sejas, Jaume, ad seculum seculorum;
y) Jantar no Gustar. Vitello tonnato. Há dias em que se é forçado a acreditar na existência de Deus. Quem não acredita, pode sempre pensar que Ele se fez substituir pelo cozinheiro do Gustar e que quando quer dar sinais de vida faz um vitello tonnato. Ou outra coisa qualquer. Tudo o que sai daquelas mãos é milagre;
x) Aluguer de bicicleta no Ivo, a que se seguiu uma passagem pelo passeig des Born. Porque é que mais cidade nenhuma do mundo tem um passeig des Born? Genebra tem uma coisa parecida, mas é coisa e é parecida. Chama-se Parc des Bastions. Não é a mesma coisa, reitero o aviso;
w) Lavandaria. A Erika já não trabalha lá. Foi para outra loja. Quem pensa que as coisas não devem mudar vê-as (as coisas) unilateralmente, por assim dizer.
a) (Salto para a a)): Palma é tão parte de mim como eu dela.
z1) Volto ao fim. Gelado no Claudio. Não só está aberto mas tem uma fila de dez pessoas à minha frente. Tenho vergonha de passar pelo balcão lateral e acrescento meia dúzia de linhas ao disparate de hoje.
Penso no que me pode levar a comparar o Parc des Bastions com o Passeig des Born. A única coisa que têm em comum são as árvores e eu.
As cidades não são o que são. São o que somos quando nelas estamos, as olhamos e nelas somos. Isto é: somos nós e elas, misturados em partes desiguais e variáveis. As cidades mudam connosco, louvadas sejam.
z2) O Claudio ofereceu-me o gelado. Diz que é o primeiro da época e que "tem projectos". "Desde que não percas a qualidade, Claudio", respondo.
É impossível comparar Lisboa ou Genebra com Palma. São as três pernas de um tripé cujo vértice sou eu. Isto é, eu hoje. Eu, todos os eus.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.