Importo-me pouco com o mundo e menos ainda com o meu lugar nele. Estou aonde estou e ele, soberano,está-se nas tintas para mim. Nada como a reciprocidade, não é? Oiço música grega, música que comprei em Atenas há vinte anos ou mais e penso naquela história do tempo-espaço. Há vinte anos - ou mais - estava aqui, aonde agora estou. Isto é, em mim. Mudamos do lugar aonde estamos mas não do lugar que nos recebe desde que sabemos o que é um lugar. Desde que sabemos a diferença entre nós e um lugar. Com a idade aprendemos que isso é o que somos e que o lugar aonde somos o que somos importa pouco. Não é de aonde que fugimos. É de quando.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.