Acabo de almoçar e deambulo um pouco por Ibiza. A cidade confirma o que eu penso dela: é bonita, tem uma mistura interessante de velha e nova arquitectura e insinua-se por mim dentro. Se não soubesse que isto tudo vive de festas, cocaína e superficialidade caíria na armadilha.
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Claro que chamar a isto «armadilha» é uma maneira disfarçada de me chamar palerma, mas isso fica para depois. Agora é hora de apreciar o rum Santa Teresa «especial» (aspas porque não fixei o rótulo) a doze euros, doze. Como o normal custa onze não vejo grande razão para não o escolher, se bem pense que rum Santa Teresa especial é um pleonasmo. O rum Santa Teresa é especial por natureza, qualquer que seja o seu preço ou etiqueta. É um rum hispanófono, sem os xixis dos franceses e a agrura dos anglófonos. («Franceses» não é por acaso. Só eles fazem runs que falam francês.)
O almoço, na tasca da bem coisada foi bastante bom, frango frito, vinho tinto e hierbas. A viagem de avião de Ibiza para Maiorca dura meia hora e dou por mim a lamentar ser tão curta. Vão acordar-me mal adormeça.
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Pergunto-me como posso gostar tanto de uma vida que me obriga a andar tantas vezes de avião e a resposta é simples: passo mais tempo no mar do que no ar.
Se bem seja falaciosa, mas isso são contas de outro rosário.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.