19.11.25

Diário de Bordos - No mar, entre o Mindelo e St. Lucia, 19-11-2025 / II

Primeiro problema sério resolvido: uma retrete entupida que afinal não estava entupida. Era do interruptor. Duas horas de trabalho, com a ajuda do senhor etíope e do técnico da empresa. Felizmente tinha a bordo um interruptor desses dos molinetes eléctricos que agora sofreu um rebaixamento de classe e foi para a casa de banho. 

Mais uma vez se prova que a sofisticação a bordo das embarcações é um erro. Estas retretes - que são de água doce, outra abominação - têm de origem um interruptor alimentado por duas placas electrónicas, uma das quais alimenta um solenóide que acciona a bomba da água limpa. É possível fazer mais complicado? Claro que sim. Congratulemos portanto os engenheiros da Catana por se terem ficado por aqui. 

Acontece que o sistema original deixou de funcionar e foi substituído por um interruptor desses baratos. Neste caso, pode dizer-se "por um interruptor de merda". Foi este que agora avariou.

Agora, resta esperar que mais nenhum avarie. Faltam-nos dez dias para chegar e as casas de banho que temos - a saber, quatro - fazem falta e não tenho mais interruptores de reserva.

Perguntar-me-ão os mais curiosos: porquê água doce? Resposta: porque tem menos cheiro do que a água do mar. Num iate, seja ele super ou mega, a coisa compreende-se. Todos os sistemas são redundantes, têm dois ou três geradores, duas ou três dessalinizadoras, maquinistas e clientes que pagam isso tudo.

Num quarenta e seis pés é uma simples estupidez.

Mas pronto, é o que há. 

PS - Não foi o primeiro. Foi o segundo. O spi na água e a carga de trabalho que provocou inauguraram a série. 

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