Não escrevo, não fotografo e não penso. Só fumo e trabalho e perco a cabeça, alternadamente. Não sei que mal fiz eu a Deus ou ao Freud ou a quem quer que seja para só me saírem borderline na rifa. Desta vez é a stew, que me tem envenenado a vida para além do que é suportável, aceitável ou acreditável. Claro que isto tudo é culpa da RN, a estúpida empresa para a qual trabalho, devido a esta habitual mescla de estupidez e necessidade, tão ligadas como um dedo e o anel de casamento, também conhecido por aliança. Necessidade e estupidez são uma espécie de Yin e Yang da minha vida.
De maneira aqui estou em St. Barth, aonde a clearance de um cata de quarenta e seis pés custa cento e setenta euros (o normal oscila em torno dos quinze), uma imperial seis e aonde acabo de ver o BLACK PEARL e o MALTESE FALCON juntos e ao vivo, a desenrolarem os panos a uma milha de mim.
Encontrei um café quase vazio aonde a cerveja custa o preço acima mencionado. Nos outros é mais cara e estão cheios. E este barman é super-simpático (é o proprietário. Acaba de me contar as horas de trabalho que faz. São como as mamas das senhoras: excessivas.)
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Já não tenho nada que fazer em terra mas resolvi ficar até à próxima boleia para bordo, que não sei a que horas será. A parte feminina da tripulação resolveu vir às compras. Suponho que vão comprar metade da cidade, a julgar pela quantidade de malas que trouxeram para uma semana nas Caraíbas.
O bar chama-se La Cantina e recomendo-o fortemente, se por acaso.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.