Hoje comprei uma garrafa de Oude Genever (pronunciar Aude Reneiber, por favor). É uma bebida sã, que vem numa botija bonita e me evoca uma magnífica história (já a contei por aqui: a única vez que o nosso cozinheiro em Lourenço Marques apareceu bêbedo foi num jantar para trinta ou quarenta pessoas. Instado a explicar-se no dia seguinte por um Pai irado e que tinha por hábito beber, todos os dias após o jantar, uma Genebra - pedida "o meu remédio, se faz favor" - Jonas explicou: "estava com dores de cabeça, patrão, e bebi o seu remédio". Foi perdoado, claro).
Enfim, tudo isto para dizer que comprei uma garrafa de Oude Genever (tópico esse que é, eu sei, do mais alto interesse para a comunidade), uma bebida sã - faz lembrar uma daquelas matronas dos contos de fadas. E me fez pensar no Jonas: fazia os melhores croquetes que já comi, e comerei, na vida.
Enfim, tudo isto para dizer que comprei uma garrafa de Oude Genever (tópico esse que é, eu sei, do mais alto interesse para a comunidade), uma bebida sã - faz lembrar uma daquelas matronas dos contos de fadas. E me fez pensar no Jonas: fazia os melhores croquetes que já comi, e comerei, na vida.
A propósito de croquetes, Luís, já fui testar os da Bénard. Hesito entre dar-lhes o segundo ou o terceiro lugar, depois dos do Gambrinus, claro, e, eventualmente, de uns que descobri há dias e que me souberam maravilhosamente… mas de que tenho vergonha de desvendar a vulgaríssima origem. :-D
ResponderEliminar"A vulgarísima origem"? Cruzes canhoto, senhora: só as pessoas vulgares temem a vulgaridade. Desvende a origem desses superiores croquetes, por favor. Quanto mais não seja, ficará acompanhada, nessa vertente da vulgaridade.
ResponderEliminarPois aí vai, então, a difícil confissão: são uns croquetes que comprei no Corte Inglês (ainda por fritar) feitos com materiais ditos «biológicos» (salvo erro), mas que me souberam muito bem, mais ou menos a boa carne assada, bastante apaladados. Mas já sei que o Luís não vai apreciar esta dimensão semi-industrial de produto de super-mercado exigindo acabamento doméstico. Certo? ;-)
ResponderEliminarErrado, Luísa, errado. O meu amor (uso o termo conscientemente e sem qualquer especie de hipérbole) pelas coisas feitas em casa, ou melhor, "à mão" não tem a ver com o facto de pensar que, feitas assim, elas são melhores.
ResponderEliminarTem a ver com o facto de gostar de as fazer, o que é muito diferente. Mas se fôr convidado para jantar e me oferecerem peixe congelado, croquetes do Corte Inglês, bolos da pastelaria da esquina não vejo o mais pequeno inconveniente - desde que seja bom, claro.
A esse propósito tenho, aliás, uma história muito gira: para o meu casamento, cujo copo d'água foi em casa da minha Mãe, tudo, mas tudo foi feito em casa (sim, no que sou há muito de onde venho...). A minha Mãe e duas ou três tias passaram dias e dias na cozinha a trabalhar. Ora uma das amigas Suíças que veio à festa não sabia, claro, e fez aquilo que para ela era um grande elogio à minha Mãe: "As sobremesas são divinas. Onde é que as comprou"?
Felizmente a Senhora, que passara dias e dias na cozinha, tinha uma certa experiência das diferenças culturais e levou aquilo com um sorriso (e um não disfarçado orgulho, mas isso é outra história).
Acrescento ao ranking mais uma sugestão: uns "croquetes de lombo" que descobri recentemente e ponho a par dos do Gambrinus (para mim sempre em primeiro lugar!). São esféricos e podem ser apreciados no restaurante da Beloura (não me lembro agora do nome) onde aliás se come muito bem, qualquer que seja a escolha. As iscas, prato que adoro e não como em qualquer sítio, são deliciosas!
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