A festa está a correr bem. As pessoas vieram em maior número do que o previsto e trouxeram muitos pratos excelentes, variados, inesperados (ad perpetuam rei memoriam destaco uns panados de veado, cozinhados pelo caçador do dito cujo; uma sopa de míscaros que estava muito perto do divino, qualquer que seja a concepção que dele se tenha; e um polvo guisado à micaelense, idem); a música é a da nossa faixa etária; a atmosfera agradável, quase familiar. Estou sozinho, e pergunto-me se tenho vontade de pôr em prática os meus dotes de sociabilidade, se não. A maioria das vezes não tenho. Hoje, penso nas pessoas com quem gostaria de partilhar este momento e duas ou três emergem; nenhuma delas está aqui.
Qualquer coisa me diz que vou, uma vez mais, passar por tímido. É uma bênção, a timidez.
Qualquer coisa me diz que vou, uma vez mais, passar por tímido. É uma bênção, a timidez.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.