O problema de um gajo ser casado com uma mulher-polícia é não lhe poder dar um fletibaite de vez em quando, para descarregar os nervos. Ou até antes de uma berlaitada, às vezes ajuda. Mas a gaja não está assim muito pelos ajustes, e eu ainda me lembro - nunca me hei-de esquecer - do arraial que levei quando a conheci (a cabra até pontapés nos tomates) de maneira acho melhor não insistir muito. Uma vez propus-lhe que podíamos tentar só uma galhetazinha assim a escapar se ela achasse que eu tinha razão e ela disse que sim, mas só quando houvesse um casus veli, acho eu que foi assim que ela disse. E logo praí dois dias depois vi-a outra vez a mijar com a porta da casa de banho aberta, que é uma merda que detesto e lá lhe enfiei a galheta pelas trombas, mas ela disse que eu era um bruto e que tinha dado com força de mais e pronto, e enfiou-me um pontapé nas bolas que até vi estrelas.
Acabou ali a combinação - os polícias têm cursos de defesa corporal, e não vale a pena um gajo estar a armar-se a mânfio. E a verdade é que a gaja é boa, e trata bem do nosso filho, chama-se Edgar, o puto, que é o nome do meu avô e ela é uma boa mãe. Só me chateia é quando convida os colegas para lá irem a casa, não gosto nada de ver a casa cheia de bófia e depois nesses dias fica esquisita e faz perna de borrego no forno sempre para os colegas, vá lá saber-se porquê. Eu até gosto de perna de borrego no forno, a receita dela é muito boa, "mas porquê sempre a mesma coisa quando os teus colegas vêm cá a casa?", perguntei-lhe. E ela disse "porque eles gostam" e pronto, dali não arreda pé, a mulher tem pelo na venta olá se tem.
De maneira no que toca às galhetas o assunto ficou arrumado: eu não lhe dou e também não levo. O puto lá vai crescendo, já tem quase dois anos e o tempo até passou depressa, não fosse eu estar desempregado e não conseguir emprego. Até nem é muito chato, um gajo não fazer nada, mas o pior é que ela me obriga a mudar as fraldas do puto e a passar o aspirador lá em casa e eu bem reclamei "qualquer dia até a loiça lavo, não? Tás mas é maluca, eu a passar o aspirador" mas pronto, como de costume ela ganhou, a merda do RMI não dá para as cervejas e para uma mulher a dias e a gaja simplesmente disse "eu não pago mulher a dias, se quiseres paga-a tu", a cabra sabe perfeitamente que o RMI é o meu dinheiro dos copos e pronto, agora mudo as fraldas e passo o aspirador. Claro que não digo a ninguém, lá na tasca ninguém sabe. A malta já desconfia de mim por eu ser casado com uma bófia e foi um sarilho convencê-los de que ela é porreira.
Um dia ia andando à porrada com um dos gajos que começou a mandar bocas sobre as curvas e o excesso de velocidade e o caralho e os radares "onde é que ela tem os radares, ó pá, sabes?" perguntava-me ele. "Ora, ele não se importa com isso, o gajo anda de bicicleta" disse outro. "Coitado, para subir aquelas tetas deve ser um sarilho" e aí eu disse "ó malta, ou vocês param já com essa merda ou armo aqui um casus veli". Os selvagens não sabiam o que era um casus veli e aquilo acalmou-os um bocadinho, começaram a discutir se era veli ou beli ou caso e pronto eu disse "veli ou beli ou o caralho, meus. Mas acabaram as bocas sobre a minha mulher. Uma polícia também deve ser respeitada, é uma mulher como as outras, tem tudo o que as outras têm e nos mesmos sítios, ouviram?".
Isto funcionou uma vez ou duas, mas uma vez tive mesmo de arrear num deles, e aquilo ia degenerando. Cheguei a casa com um olho negro e a gaja perguntou-me se queria que ela lá fosse para resolver o assunto. E eu aí disse-lhe "porra, nem penses nisso".
De maneira as coisas agora vão andando: os gajos lá da tasca já se habituaram e não gozam comigo, o puto vai crescendo e a gaja tem uns horários fodidos mas pronto, trata bem de mim, da casa e do Edgarzito. Não está é assim muito bem para as berlaitadas, é difícil acertar os dias em que não está com o período com as noites que está em casa e eu comer uma gaja que joga pelo Benfica nem pensar nisso. Ela bem me pergunta "ó estúpido, que mal tem?" mas eu não alinho nessa. "Isto não é o estádio da Luz, que eu saiba" e pronto o assunto fica ali arrumado. A gaja ainda me ameaçou "tás a precisar é de um bom par deles, para veres a luz", e aí eu disse-lhe "se me fazes isso não há defesa corporal que te salve, mulher. Desfaço-te à porrada, sua puta" "se voltas a chamar-me puta enfio-te um pêro por essas trombas abaixo, ó inútil de merda" disse ela assim muita calma que é como ela fala quando está mesmo zangada. "Ok, ok, pronto está bem, mas vê lá também tu o que é que dizes, que isso de ameaçar um gajo com um par de cornos não se faz".
E assim ficámos. A gaja anda um bocado esquisita, ultimamente: só vê televisão e lê livros, de maneira quecas, manecas, nem uma, há muito tempo. Eu não gosto de filmes - na televisão ainda vá que não vá, mas com ela de trombas o tempo todo prefiro sair e ir à tasca ter com a malta. Amanhã vêm cá jantar os colegas e ela já me disse para ir ao congelador tirar a perna de borrego que lá está e as coisas vão ficar melhores, acho eu. A verdade é que estou com saudades das quecas e de quando lhe podia mexer nas mamas sem que ela grite "tira daí as mãos, sua besta" e das festas que me fazia. Ultimamente não temos parado de discutir por tudo e por nada. É o que dá não se poder enfiar uma galheta numa gaja quando ela abre a boca e nos fala assim como se fôssemos um monte de merda.
Acabou ali a combinação - os polícias têm cursos de defesa corporal, e não vale a pena um gajo estar a armar-se a mânfio. E a verdade é que a gaja é boa, e trata bem do nosso filho, chama-se Edgar, o puto, que é o nome do meu avô e ela é uma boa mãe. Só me chateia é quando convida os colegas para lá irem a casa, não gosto nada de ver a casa cheia de bófia e depois nesses dias fica esquisita e faz perna de borrego no forno sempre para os colegas, vá lá saber-se porquê. Eu até gosto de perna de borrego no forno, a receita dela é muito boa, "mas porquê sempre a mesma coisa quando os teus colegas vêm cá a casa?", perguntei-lhe. E ela disse "porque eles gostam" e pronto, dali não arreda pé, a mulher tem pelo na venta olá se tem.
De maneira no que toca às galhetas o assunto ficou arrumado: eu não lhe dou e também não levo. O puto lá vai crescendo, já tem quase dois anos e o tempo até passou depressa, não fosse eu estar desempregado e não conseguir emprego. Até nem é muito chato, um gajo não fazer nada, mas o pior é que ela me obriga a mudar as fraldas do puto e a passar o aspirador lá em casa e eu bem reclamei "qualquer dia até a loiça lavo, não? Tás mas é maluca, eu a passar o aspirador" mas pronto, como de costume ela ganhou, a merda do RMI não dá para as cervejas e para uma mulher a dias e a gaja simplesmente disse "eu não pago mulher a dias, se quiseres paga-a tu", a cabra sabe perfeitamente que o RMI é o meu dinheiro dos copos e pronto, agora mudo as fraldas e passo o aspirador. Claro que não digo a ninguém, lá na tasca ninguém sabe. A malta já desconfia de mim por eu ser casado com uma bófia e foi um sarilho convencê-los de que ela é porreira.
Um dia ia andando à porrada com um dos gajos que começou a mandar bocas sobre as curvas e o excesso de velocidade e o caralho e os radares "onde é que ela tem os radares, ó pá, sabes?" perguntava-me ele. "Ora, ele não se importa com isso, o gajo anda de bicicleta" disse outro. "Coitado, para subir aquelas tetas deve ser um sarilho" e aí eu disse "ó malta, ou vocês param já com essa merda ou armo aqui um casus veli". Os selvagens não sabiam o que era um casus veli e aquilo acalmou-os um bocadinho, começaram a discutir se era veli ou beli ou caso e pronto eu disse "veli ou beli ou o caralho, meus. Mas acabaram as bocas sobre a minha mulher. Uma polícia também deve ser respeitada, é uma mulher como as outras, tem tudo o que as outras têm e nos mesmos sítios, ouviram?".
Isto funcionou uma vez ou duas, mas uma vez tive mesmo de arrear num deles, e aquilo ia degenerando. Cheguei a casa com um olho negro e a gaja perguntou-me se queria que ela lá fosse para resolver o assunto. E eu aí disse-lhe "porra, nem penses nisso".
De maneira as coisas agora vão andando: os gajos lá da tasca já se habituaram e não gozam comigo, o puto vai crescendo e a gaja tem uns horários fodidos mas pronto, trata bem de mim, da casa e do Edgarzito. Não está é assim muito bem para as berlaitadas, é difícil acertar os dias em que não está com o período com as noites que está em casa e eu comer uma gaja que joga pelo Benfica nem pensar nisso. Ela bem me pergunta "ó estúpido, que mal tem?" mas eu não alinho nessa. "Isto não é o estádio da Luz, que eu saiba" e pronto o assunto fica ali arrumado. A gaja ainda me ameaçou "tás a precisar é de um bom par deles, para veres a luz", e aí eu disse-lhe "se me fazes isso não há defesa corporal que te salve, mulher. Desfaço-te à porrada, sua puta" "se voltas a chamar-me puta enfio-te um pêro por essas trombas abaixo, ó inútil de merda" disse ela assim muita calma que é como ela fala quando está mesmo zangada. "Ok, ok, pronto está bem, mas vê lá também tu o que é que dizes, que isso de ameaçar um gajo com um par de cornos não se faz".
E assim ficámos. A gaja anda um bocado esquisita, ultimamente: só vê televisão e lê livros, de maneira quecas, manecas, nem uma, há muito tempo. Eu não gosto de filmes - na televisão ainda vá que não vá, mas com ela de trombas o tempo todo prefiro sair e ir à tasca ter com a malta. Amanhã vêm cá jantar os colegas e ela já me disse para ir ao congelador tirar a perna de borrego que lá está e as coisas vão ficar melhores, acho eu. A verdade é que estou com saudades das quecas e de quando lhe podia mexer nas mamas sem que ela grite "tira daí as mãos, sua besta" e das festas que me fazia. Ultimamente não temos parado de discutir por tudo e por nada. É o que dá não se poder enfiar uma galheta numa gaja quando ela abre a boca e nos fala assim como se fôssemos um monte de merda.
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