Por vezes gostava de ler Pedro Arroja, e li-o até me aperceber de que não passa de uma pequenota fraude. Uma fraude rasca, que só tem audiência num país alheio ao debate de ideias, no qual o debate público é baseado na provocação; e "o canudo" é invocado como argumento por quem provoca e aceite por quem ouve. Não me parece que se possa perder muito tempo com o senhor. Confrontar aquilo que ele diz com a realidade, quantificar, seria como pôr um castelo de cartas no meio de uma ventania.
Isto a propósito deste monte de baba intelectual, ao qual cheguei, entre outros, via o Meditação e o Provas de Contacto.
O método consiste em pegar em premissas das quais algumas são verdadeiras e outras não; imaginar qual o ângulo que vai causar mais uivos na plateia de meninas e meninos sempre prontos para se escandalizarem, coitados - não ler não lhes ocorre; e, pior, escandalizam-se a maioria das vezes pelas razões erradas - ; acrescentar duas ou três proposições que são, tal como as premissas, ora falsas ora verdadeiras; malaxar, amalgamar as premissas com as proposições e os condimentos encontrados na segunda fase; babar um bocadinho ao prever o coro que por aí virá; e servir. É pouco, por interessante que ao princípio possa parecer.
Às vezes daquelas mastigações sai uma conclusão verdadeira - ou falsificável, que acho preferível -; mas como vem envolta na baba da auto-satisfação e da provocação as pessoas tendem a ver o continente e não o conteúdo. O que ainda enche de mais satisfação o senhor, claro.
PS - apresso-me a esclarecer que não tenho nada, muito antes pelo contrário, contra a provocação; desde que seja um meio, e não o fim.
Isto a propósito deste monte de baba intelectual, ao qual cheguei, entre outros, via o Meditação e o Provas de Contacto.
O método consiste em pegar em premissas das quais algumas são verdadeiras e outras não; imaginar qual o ângulo que vai causar mais uivos na plateia de meninas e meninos sempre prontos para se escandalizarem, coitados - não ler não lhes ocorre; e, pior, escandalizam-se a maioria das vezes pelas razões erradas - ; acrescentar duas ou três proposições que são, tal como as premissas, ora falsas ora verdadeiras; malaxar, amalgamar as premissas com as proposições e os condimentos encontrados na segunda fase; babar um bocadinho ao prever o coro que por aí virá; e servir. É pouco, por interessante que ao princípio possa parecer.
Às vezes daquelas mastigações sai uma conclusão verdadeira - ou falsificável, que acho preferível -; mas como vem envolta na baba da auto-satisfação e da provocação as pessoas tendem a ver o continente e não o conteúdo. O que ainda enche de mais satisfação o senhor, claro.
PS - apresso-me a esclarecer que não tenho nada, muito antes pelo contrário, contra a provocação; desde que seja um meio, e não o fim.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.