Hoje fui jantar com a família ao Zé Varunca da Rua de S. José. Fomos todos: o diabético, o teso, o pedante, o gastrónomo e o extrovertido. Ficaram satisfeitos, mais ou menos. Já lá tínhamos ido, mas o diabético achara a comida pouco sã; o extrovertido as empregadas lúgubres; o teso caro; o gastrónomo assim assim e o pedante declarara, alto e bom som, que a gastronomia alentejana não valia a da Mongólia do Sul.
Desta vez não houve nada disto: o teso declarou "mais ou menos"; o gourmet anunciou um "correcto", o que para os outros equivale a um bom mais; o diabético disse que calava o amigo dele médico com uma salada de pimentos (o teso achou aquilo uma bestialidade, a 2,75 euros; mas o outro respondeu-lhe que a saúde não tem preço); o pedante viu o restaurante bem frequentado (estava cheio de maricas estrangeiros, e para ele isso é sinónimo de qualidade); e o extrovertido disse que as empregadas eram de uma simpatia contagiante e não tinham bigode (o gourmet retorquiu que eram baixas "de croûpe", mas reconheceu-lhes a voluptuosidade de formas. E a simpatia, claro. E a eficácia).
Saímos todos satisfeitos (a minha alegria é vê-los contentes, coitados). Mas quando passámos perto do Mal Amanhado houve um que disse (ainda estou para saber qual) "aqui teria sido melhor". Todos aprovaram, menos o diabético: estava muito perto de casa e "far-se-ia menos exercício".
Calei-os com um whisky no Orpheu - excepto o diabético, claro. É um chato, o pior de todos, juntamente com o teso. Ainda por cima nem diabético é. Os outros aguentam-se bem. Mas eu quero que eles se ... ooops, já empreguei esse termo, hoje. Não posso repetir. Que eles apanhem onde apanham as focas (se forem francesas, claro).
Zé Varunca, rua de S. José 54. Fecha ao domingo. 213 468 018.
Desta vez não houve nada disto: o teso declarou "mais ou menos"; o gourmet anunciou um "correcto", o que para os outros equivale a um bom mais; o diabético disse que calava o amigo dele médico com uma salada de pimentos (o teso achou aquilo uma bestialidade, a 2,75 euros; mas o outro respondeu-lhe que a saúde não tem preço); o pedante viu o restaurante bem frequentado (estava cheio de maricas estrangeiros, e para ele isso é sinónimo de qualidade); e o extrovertido disse que as empregadas eram de uma simpatia contagiante e não tinham bigode (o gourmet retorquiu que eram baixas "de croûpe", mas reconheceu-lhes a voluptuosidade de formas. E a simpatia, claro. E a eficácia).
Saímos todos satisfeitos (a minha alegria é vê-los contentes, coitados). Mas quando passámos perto do Mal Amanhado houve um que disse (ainda estou para saber qual) "aqui teria sido melhor". Todos aprovaram, menos o diabético: estava muito perto de casa e "far-se-ia menos exercício".
Calei-os com um whisky no Orpheu - excepto o diabético, claro. É um chato, o pior de todos, juntamente com o teso. Ainda por cima nem diabético é. Os outros aguentam-se bem. Mas eu quero que eles se ... ooops, já empreguei esse termo, hoje. Não posso repetir. Que eles apanhem onde apanham as focas (se forem francesas, claro).
Zé Varunca, rua de S. José 54. Fecha ao domingo. 213 468 018.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.