31.3.11

Livro de bordos - 13 (notas)

E depois seria necessário explicar o que é a Switch. Uma vez comparei-a à McDo, mas a analogia é má: a McDo tem qualidade, pense-se o que se pensar dos hamburgers. A Switch não: o conceito é vender cruzeiros à cabine o mais barato possível. Mas os barcos estão num estado lamentável, os percursos são de endoidecer (fazemos numa semana o que não fiz com os alemães em duas, por "falta de tempo"), a contenção de custos um regra que está tão perto do ridículo que por vezes se confunde com ele.

A certa altura lembrei-me de uma conversa que tive há muitos anos com um financeiro, o qual me explicava, muito sério, que "uma empresa nas mãos da malta do marketing vai à falência em dois tempos". Se tivesse sido hoje ter-lhe-ia dito que os financeiros demoraram um bocadinho mais de tempo - mas o que eles puseram na falência não foi uma empresa, foram vários países. Sempre gostei de gente que vê grande.

A Switch está nas mãos de financeiros, e pergunto-me se se vai aguentar assim muito tempo. "Assim" sendo sem pessoas que se preocupem com os clientes, coisa que a "malta do marketing" faz. Porque em três semanas e 23 passageiros (vinte e três; na primeira semana uma das senhoras estava sozinha) ainda não vi um retour client (comentários dos passageiros) positivo (excepto no que diz respeito ao skipper, mas isso é outra história - se bem seja agradável, deixemo-nos de rococós).

Enfim, por agora acabou. Sábado devo ir à Guadeloupe em transporte, mas ainda não sei se vou, nem qual o bote. E qualquer dia vou para o Brasil, se deus quiser.

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