8.11.13

Como rios desorientados

Como rios desorientados no deserto,
como dedos numa pele desconhecida,
as palavras procuram-te, hesitam,
percorrem-te. Uma erupção, caminhos de lava.
É do calor que falo, de um cacho de uvas
que te caiu nas mãos.
Escolhe a tua, a mais sumarenta e doce.
É tua, só tua. Faz dela o que quiseres.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.