Nem com pena nem sem ela: os armadores desistiram da viagem e já não vou ao Equador.
É chato, mas não é uma tragédia: continuo a ter trabalho no T. e já tenho mais um cliente na lista - entre outras para fazer uma coisa de que gosto, dar aulas de vela - apareceu uma possibilidade de transporte para as Fidji (na qual acredito pouco, mas enfim) e há sempre o o line handling para quem atravessa o canal - ganha-se pouco mas é melhor do que nada -.
Continuo preocupado com as minhas coisas - o computador portátil, os binóculos do meu Pai - que ficaram no Catamaran e das quais não tenho noticias. A minha decisão de não voltar a trabalhar para idiotas tem fundamentos sólidos.
Com a semana de trabalho que me espera poderei comprar um bilhete de avião para Palma. Não é mau - e confirma a minha previsão de um mês em Shelter Bay. Mais um mês. O elástico que esta marina parece amarrar às embarcações que por aqui passam serve também para marinheiros em seco.
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Não há nada mais bonito cedo que uma manobra bem feita; ou mais penoso do que ver um barco caro e bom nas mãos de um azelha. O Catana que acaba de chegar fez uma atracação linda, limpa, fluida. Duas pessoas a bordo e nem um grito, uma correria, uma hesitação. E o espaço é apertado.
Num barco não se grita, não se corre e não se salta. Como na vida.
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Gostava de ir às Fidji. Estou a convencer o armador a deixar-me ir sozinho. Mas antes ele tem de convencer-se a dar-me o trabalho. Enfim, convencer-se de que quer o barco nas Fidji e não em Shelter Bay.
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Nada a fazer. Não fui feito para viver em marinas.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.