Do livro "La Cuisine d'Amour", de Odile Godard, Ed. Actes Sud, 1985:
1 kg de lulas;
8 batatas;
1 cebola;
3 tomates;
3 colheres de sopa de azeite;
3 dl de vinho branco,
2 malaguetas,
Tomilho, louro.
Para o aïloli:
2 gemas de ovo;
2 dentes de alho;
1/3 litro de azeite.
Cortar as lulas aos bocadinhos, alourá-las ligeiramente em azeite;
juntar a cebola picada, e o tomate cortado aos bocados. Quando tudo está
bem refogado, juntar o vinho branco e igual quantidade de água a
ferver. Temperar com sal, pimenta, malaguetas, louro e tomilho.
Deixar cozer 30 a 40' em lume brando. As batatas começam por se cozer à parte e juntam-se a este preparado para acabar de cozer.
Fazer o aïloli (é uma mayonnaise à qual se junta alho picado - se
bem que também se possa fazer com batata cozida em vez das gemas de
ovos); juntar 2 colheres de sopa por pessoa, depois de se certificar que
as lulas não têm líquido a mais. Não voltar a levar ao lume. Deve ficar
onctuoso.
Não gosto muito de navegar no Mediterrâneo: ou não há vento ou há
vento a mais, as transições são bruscas, violentas e sem pré-aviso; no
verão os portos são caros e estão cheios, e no inverno estão vazios,
mortalmente vazios. Mas, do Sul de Espanha ao Norte de África, passando
pelo Midi, pela Itália, pela Turquia, pelo Líbano, sobretudo o Líbano, a
cozinha das margens do Mediterrâneo é a melhor do planeta. Desta
receita, prefiro a versão simples da Odile Godard à versão mais
tradicional, com legumes, de que dou um exemplo.
Em Sète, de onde é originária. Com um Brassens nos ouvidos, a pele no sol, e um pastis na mão.
........
Não tenho nem pastis nem Brassens. Mas tenho tudo o resto: chega.
(E sim, agora faço sistematicamente o aïoli com batata cozida).
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.