3.8.14

Diário de Bordos - S. Luís, Maranhão, Brasil, 02-08-2014

O Bar do Porto faz-me lembrar o Bar du Nord em Carouge: ambos de longe os melhores nos respectivos bairros, ambos afastados da confusão. Infelizmente são as únicas coisas que têm em comum: é comparar um par de patins com um Ferrari.

Quando lá cheguei, depois de jantar, passava Chick Corea, um pianista de quem aprecio as melodias e um disco antigo chamado My Spanish Heart. 

É o único sítio em todo o Reviver onde se pode beber um copo em paz. Espero que se aguente.

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Dois dias inteiros sem febre. Acho que posso dizer que estou bom e não preciso de mais nenhum especialista. Falta-me acabar com o que aí vem - é já terça-feira - e pôr um fim a este capítulo penoso das relações da cavalariça com o cavalo. Estas merdas vêm e vão-se sem que um gajo perceba muito bem porquê. Talvez seja por isso que detesto a doença. Prefiro um acidente: ao menos sei de onde vem.

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Passei o dia a descobrir Lucinda Williams. Cada vez que tentava ouvir outra coisa falhava. A mulher tem letras fabulosas, uma voz de se morrer por ela e canções encantadoras. Não é Leonard Cohen nem Nick Cave nem Bonnie Prince Billy. É Lucinda Williams, e acho injusto só a ter descoberto hoje.

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