26.8.14

Talhos, retalhos (ou: retalhos da vida de um retalhado)

A médica escarafuncha energicamente em mim. Regularmente pergunta-me se dói e eu respondo-lhe que não. Inúteis, claro, tanto a pergunta como a resposta: para alguma coisa me injectou um anestésico.

Mostra-me o que vai tirando, e eu digo-lhe que podíamos abrir um talho para canibais. Não se riu. Provavelmente acha que não sou comestível.

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