31.12.14

Presentes estratégicos

Esta história da linha de aviação Bragança - Portimão, com paragem em Vila Real, Viseu e Cascais subvencionada pelo Estado é mais uma prova, infelizmente redundante, da impossibilidade de mudar os países.

As nações - todas, sem excepção - estão organizadas para que as pessoas que detêm o poder, qualquer tipo de poder: económico, político, social o mantenham e perpetuem num estado de calma e tranquilidade.

Nalgumas, para atingir esse objectivo é necessário partilhar o poder com o povo: é o caso das democracias do Norte da Europa, dos Estados Unidos, Canadá. Noutras, basta dar-lhe frigoríficos ou, uns anos mais tarde, uma linha aérea.

Claro que no caso dos aviões não é bem o povo quem vai beneficiar; isto é mais um favor de uma parte da "elite" a outra parte de si própria.

Um presente embrulhado, claro, em "visão estratégica".

A qual será paga quando os palermas dos "visionários" já cá não estarão por pessoas que nunca dela beneficiarão.

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