Despeço-me de Marselha com um magnífico kebab libanês. A fila - ou sendo Marselha Marselha as filas - não enganam. Uma minúscula meia-cave onde um casal dos seus cinquenta anos atende dezenas de pessoas que esperam no passeio numa desordem calma, consentida. Ontem provei lá um pastel de carne delicioso. Felizmente foi antes de jantar e não havia bicha.
E despeço-me de França com a SNCF atrasada. A companhia de caminhos de ferro francesa mantém com os horários uma relação de proximidade. Nada de intimidades.
Não fui à Bonne Mère rever os ex-voto dos marinheiros, tantos e alguns deles tão bonitos. Fica para a próxima, Marselha não acaba hoje.
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A próxima etapa é Genève, uma cidade da qual se gosta se se não viver lá.
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Comprei uma edição da Point dedicada à "vida simples". Completíssima, como todos os números temáticos da revista.
O tema interessa-me bastante, claro. Vivo cada vez mais despojado, mais indiferente, mais longe.
Mas as teorias anti-progresso, de retorno à terra, luditas, rousseauistas (?), católicas, orientais, fascistas parecem-me ainda menos defensáveis do que o consumismo que criticam.
A tecnologia é uma óptima aliada do ascetismo, da distância, da não-pertença. A modernidade é boa; má é a utilização que fazemos dela.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.