A grande vantagem dos dias de ressaca é que um gajo bebe muito menos. A desvantagem sendo, claro, a razão pela qual se bebe menos.
A causa porém foi nobre e bonita: um dos meus irmãos veio a St. Maarten e ou se é Serpa ou não se é. Ele sendo e eu também foi de caixão à cova.
Estou há quarenta minutos no Lagoonies e tudo o que bebi foi uma imperial. Ao almoço bebi água, provavelmente a maneira mais estúpida de se gastar dinheiro (refiro-me à água engarrafada, não à água doce em geral).
Hoje não me parece que o divino rum punch da K. tenha sucesso. A mera imagem virtual que se me forma na mente quando penso nele dá origem a uma crise de azia só comparável às que tinha no Burundi, provocadas por uma dieta cujos pilares eram o whisky e o piripiri.
Um dia pedi um remédio para aquilo a uma rapariga dos Pharmaciens sans Frontières. Deu-me uma caixa de Maaloxsan e disse-me "isto é xarope, mas se fosse a ti, com o whisky que bebes e o piripiri que comes usava-o em perfusão intravenosa, vinte e quatro horas por dia". ( Era um exagero. Eu só bebia whisky à noite. Piripiri não: começava logo de manhã nos ovos mexidos. Nunca comi um molho picante tão bom como o das margens norte do Lago Tanganika. Uma pasta espessa, encarnada, picante como nunca tinha visto e igualmente saborosa. Pedi a receita mas nunca consegui fazer um que se aproximasse sequer dos que me serviam nos restaurantes).
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Desde ontem estou em modo partida, mas agora o voo está marcado. Já é mais chegada do que partida.
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O S. M. fica bem: electricidade, mastreação, velame, motor, carpintaria reparados por bons profissionais, dinghy limpo, ferramentas e peças arrumadas e classificadas. Se fosse meu não estaria melhor.
É bom.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.