Chega inevitavelmente o dia em que a realidade ganha. Trata-se apenas de não a deixar ganhar à séria, para sempre; e de nos lembrarmos de quando ela não tinha ainda pousado.
De quando podia oferecer-te flores. Não digo um ramo de flores tão grande tão grande que tu precisasses de um escadote para me ver por detrás delas e de uma grua para o pôr na jarra. Não, nada disso. Trata-se apenas de uma flor, uma só. Oferecer-te uma flor que resumisse na sua essência todas as flores que quero oferecer-te (e te oferecerei um dia), uma flor tão bonita, tão simples e essencial que bastaria tu olhares para ela um segundo e perceberias quanto, oh quanto, eu quero oferecer-te uma flor.
Chega inevitavelmente o dia em que a realidade ganha e as flores perdem. Não faz mal: não a deixarei ganhar à séria.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.