Tenho uma certa dificuldade em dar-me bem com as justas indignações por duas razões: a) serem auto-fágicas e b) o seu perfeito sentido do timing.
Alguém se lembra de ter visto um justo indignar-se num momento em que a sua indignação fosse irrelevante? A pergunta é retórica. Não. E alguém alguma vez viu uma justa indignação extinguir-se? Não, igualmente. A indignação justa alimenta-se a e de si própria como um fogo que cresce sem oxigénio ou um amor sem esperança.
Coisa que naturalmente não atinge os fundamentos da indignação justa. É justa e indignada.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.